sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Apostila Volume 2

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O que é democracia?

Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos — forma mais usual. Uma democracia pode existir num sistema presidencialista ou parlamentarista, republicano ou monárquico.

Na Atenas do século V, quem eram os cidadãos e quem eram os escravos?

Cidadãos: Eram homens do sexo masculino com mais de 18 anos, nascidos em Atenas filhos de mães e pais atenienses, eles eram livres e eram os únicos a possuir terras; só eles tinham poderes políticos e constituíam 13,3 % da população.

Escravos: Homens não livres, prisioneiros de guerra devido a sua naturalidade, a não cumprirem de regras ou a não pagarem dividas.
Constituíam um terço da população ateniense.eles trabalhavam pesado em minas, fazendas e também para serviços domésticos.


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dra.co.ni.a.no masculino (feminino: draconiana, plural: draconianos, feminino plural: draconianas) Relativo a Drácon.Muito severo, rigoroso, rígido. O ditador impôs leis draconianas

Ostracismo era uma forma de punição política empregada inicialmente pelos atenienses. Significava a expulsão política e o exílio por um tempo de 10 anos. Seus bens ficavam guardados na cidade e ele se tornava como de fora. Foi decretada em Atenas no ano de 510 A.C. por Clístenes e foi posto em prática no ano 487 A.C. como luta contra a tirania.



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" Os limites da democracia ateniense"

Democracia significa, como sabemos, governo do povo (demos + kratein). Isso não quer dizer, como é óbvio, que o demos – isto é, os cidadãos com menos recursos – tenha subido ao poder e passado a exercer o seu domínio sobre os outros grupos sociais[1]. O que acontece, no regime democrático, é a extensão dos direitos de participação política a todos os cidadãos, incluindo os mais desfavorecidos. Ou seja, a posse de direitos políticos deixa de assentar em critérios hereditário-económicos (o princípio dinástico de sucessão da aristocracia, associado à propriedade das terras) ou apenas económicos (a riqueza das classes mercantis, que sustentava as tiranias), para passar a depender apenas de um critério de, por assim dizer, nacionalidade: têm direitos políticos todos os homens que nascem em Atenas, filhos de pai e mãe atenienses.
O regime democrático fundava-se em três grandes princípios formais:

· A isonomia – igualdade de todos os cidadãos perante a lei.
· A isegoria – igualdade de todos no falar (o que se poderia traduzir, em termos modernos, por liberdade de expressão)
· A isocracia – igualdade de todos quanto ao poder (igual acesso aos cargos de poder)

É de sublinhar, nestes princípios, a prevalência da noção de igualdade. Ela é importante, na medida em que serve para abolir, pelo menos formalmente, a forte estratificação que existia nos tipos anteriores de organização política. Aliás, como refere Maria Helena da Rocha Pereira[2], os termos democracia (governo do povo) e isonomia (igualdade perante a lei) são percebidos e usados como sinónimos na Grécia Antiga. Sobre a importância da ideia de igualdade, voltaremos a falar numa próxima oportunidade, quando compararmos a democracia ateniense às democracias liberais modernas.
Finalmente, é necessário sublinhar que, fora desta igualdade, fora da comunidade política, estavam as mulheres, os estrangeiros (metecos) e os escravos. Estes grupos não possuíam direitos políticos.




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Motivações da militarização espartana, divisão do trabalho na sociedade e vida pública.

Esparta era uma cidade de caráter militarista e oligárquico, nunca tendo desenvolvido uma área urbana importante. O governo de Esparta tinha como um de seus principais objetivos fazer de seus cidadãos modelos de soldados, bem treinados fisicamente, corajosos e obedientes às leis e às autoridades. Em Esparta os homens eram na sua maioria soldados e foram responsáveis pelo avanço das técnicas militares, melhorando e desenvolvendo um treino, organização e disciplina intensivos e nunca vistos até então.
Aos hilotas competia a realização de diferentes trabalhos na cidade, ao passo que os cidadãos espartanos podiam dedicar seu tempo a uma educação militarizada, indispensável à manutenção desse sistema. A base dessa educação estava no convívio público dos homens (cidadãos) da cidade, que partilhavam de diversas atividades comuns e obrigatórias: rígido treino militar, policiamento dos hilotas, refeições conjuntas, etc.




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É correto afirmar que:

(C) dela estavam excluídos escravos, mulheres, crianças e estrangeiros, que não tinham direito à participação política para solução das questões da cidade.


Questão número 4

(D) As propostas em assembléias podiam ser feitas pelo povo, mas a decisão a seu respeito cabia aos anciãos.

Questão número 5

(D)democrático/oligárquico e aristocrático.



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Na antiguidade e no mundo contemporaneo quem são e que lugares ocupam os excluídos do regime democrático?
1) Escravos, mulheres, menores de 16 anos e estrangeiros eram excluídos do regime democrático ateniense. Nas sociedades contemporâneas, a exclusão social advém da pobreza, visto que hoje entendemos por democracia o direito à participação dos cidadãos nas decisões políticas, participação esta que guarda estreita relação com a conscientização política, à qual, muitas vezes, se associa a instrução formal dos cidadãos para o exercício de uma cidadania crítica.

2) A discriminação de "minorias" étnicas e sexuais que, historicamente, estiveram fora dos poderes decisórios e que, hoje, apesar de "incluídas" democraticamente, ainda experimentam uma forte rejeição social nas lutas pelos próprios direitos.

No mundo contemporaneo que formas de exclusão social transcedem as barreiras impostas pelo poder aquisitivo?
Fora as desigualdades sociais também há as barreiras impostas pelo preconceito, etc.



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Escravidão e democracia, termos aparentemente incompativeis nas sociedades contemporâneas, não eram na sociedade Ateniense?
A escravidão foi o que possibilitou a democracia direta em Atenas. Os escravos davam às pessoas o tempo ocioso que elas precisavam para se dedicar à política.

Hoje em dia, não é necessário o trabalho escravo, pois, desde a revolução industrial, o nível de produtividade é tão alto que definitivamente não são mais necessários escravos para se viver no ócio.
E atualmente a democracia tem um caráter universalista, coisa que em Atenas não tinha, era meramente nacionalista.


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Metecos: A palavra metoikos deriva junção da preposição meta ("no meio de", "com") com o nome oikos ("casa/família estendida/propriedade familiar"; o equivalente do inglês "household"), significando algo como "aquele que mora junto de". Alguns autores, como o historiador britânico David Whitehead, defende que a preposição meta indica também a ideia de movimento, trazendo ao termo metoikos a marca de uma migração.


Os excluídos

Em meio aos elogios dos modernos à democracia ateniense, uma crítica reponta: ela negava participação na ágora às mulheres, aos menores de idade, aos escravos e estrangeiros. Hoje aceitamos a exclusão dos menores, mas não a das outras categorias. O trabalho manual, considerado degradante, cabia sobretudo a escravos. Na condição de estrangeiro (em grego, meteco), incluíam-se todos os não-atenienses e mesmo seus descendentes: muitas pessoas nascidas em Atenas, mas de ancestrais estrangeiros, jamais teriam a cidadania ateniense.




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Condição social das mulheres em Atenas

Na Grécia antiga, a mulher era sempre considerada inferior ao homem. O grande filósofo Platão dava todos os dias graças aos deuses de ter nascido homem e não mulher, livre e não escravo. A mulher ateniense quase não aparecia em publico e tinha papel de pouca importância na vida social encerrada no gineceu, entre suas escravas, distribuía-lhes a lã para fiar, tecia ela própria as roupas, não se juntava aos homens em suas reuniões, saindo apenas para as festas religiosas. A jovem na família recebe instrução rudimentar, cozinha, borda, cose e canta, casa-se conforme a vontade paterna. A mãe de família é completamente sujeita ao marido; este, antes de morrer, pode escolher-lhe um segundo esposo, é considerada apenas como a primeira entre as escravas e pode ser, sem formalidade alguma, repudiada pelo marido.



Questão 3

(C) Porque, entendia como "clube de homens" e "clube de cidadãos"


Questão 4

(D) Os escravos jamais participavam das instâncias decisórias a respeito dos problemas das cidades, porque não tinham nenhum direito.

Questão 5

(C)Mulheres, estrangeiros e escravos.




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A) Quem eram os escravos na Antiga Grécia?
Aqueles capturados na guerras e por dívidas, às vezes sucedia o sujeito tornar-se escravo por conta própria já que não podia sustentar-se de outra forma.
Importante lembrar que um escravo podia ocupar cargos de confiança tanto na gerência do Estado como de patrimônios particulares, eram tutores e professores também ou seja a escravidão na Grécia antiga tinha uma outra conotação em relação a escravidão como geralmente a vemos, aquela que havia no Brasil por exemplo.


B) Por que as mulheres e estrangeiros não tinham direito ao voto nas assembléias?
Porque não eram considerados cidadãos.


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Escravidão:
Os escravos africanos, que vieram para o Brasil, eram tirado de seu continente com o intuito de serem utilizados como mão de obra. Poderiam, também, serem comercializados e normalmente não havia um real conflito entre o colonizador e o colonizado. os escravos da Grecia, ou de Roma, eram provenientes de povos que lutavam contra os gregos ou romanos e perdiam essas batalhas. Eles tinham uma liberdade maior que os escravos africanos, mas eram socio-hierarquicamente inferiores dentro da escala desses povos.


Participação feminina na sociedade:
Em Atenas as mulheres estavam restritas ao ambiente doméstico. A elas era permitida a participação em alguns rituais religiosos, enterros, casamentos e visitas rápidas a vizinhas e amigas. Em suas casas, as mulheres gregas tinham que cuidar do trabalho doméstico e criar os filhos. Muitas mulheres gregas tinham escravas que cozinhavam, limpavam e trabalhavam nas plantações. Enquanto no Brasil, aos poucos, através de muitas lutas, as mulheres conquistaram espaço em praticamente todas as áreas como trabalho, esportes, direitos, etc.


Inserção política dos estrangeiros: Os estrangeiros na antiga Grécia não exerciam nenhuma função na política pois apenas atenienses, homens, livres e maiores de idade tinham direito nas assembléias, enquanto no Brasil, o estranegiro naturalizado adquire o direito ao voto.


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1) Diferente da situação das mulheres na Grécia Antiga, as mulheres atualmente obtiveram não somente o direito ao voto, como também a cargos políticos.

2) No Brasil estrangeiros naturalizados, mulheres e detentos tem o direito ao voto.



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Questão 3
(C) diferentes autores quiseram ver em um número menor de escravos em Atenas a politica de um mal menor, fato que se aplicaria, também, à escravidão moderna.

Questão 4

(B)Em ambos contextos as mulheres não tinham direito ao voto.



Questão 5

(D) A idéia de plebe ociosa já existia na Antiguidade.


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Países que correspondem aos territórios outrora conquistados por Alexandre:
Grécia, Turquia, Líbano, Israel, Síria, Jordânia, Egito, Iraque, Armênia, Azerbaijão, Geórgia, Kwait, Irã, Paquistão e partes da Índia e Arábia Saudita.


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1)Qual a distinção entre cultura helênica e cultura helenística.

A cultura helênica é a cultura grega (ocidental) enquanto a helenística é a junção da cultura ocidental com a oriental.

2)Cite algumas das principais contribuições da cultura helenistica.
A criação da filosofia. As primeiras tentativas da democracia. Inovações matemáticas. Inovações nas artes e na arquitetura. Inovação na dramaturgia e na literatura.






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Questão 3

(A) adjetivo que se refere à cultura grega/adjetivo utilizado por estudiosos contemporêneos para se referirem ao período que vai das conquistas de Alexandre até o domínio romano sobre a Grécia.

Questão 4

(C)Diferentes trocas culturais entre gregos e não-gregos.

Questão 5

(B)Criação de um verdadeiro intercâmbio entre as culturas dos povos anexados ao império.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Homossexualidade Na Antiga Grécia.

A Homossexualidade na Antiga Grécia era um tanto complicada mas ao mesmo tempo interessante. Primeiro porque eles enxergavam o mundo com um olhar bem diferente do contemporâneo, segundo porque não tem como generalizar toda uma sociedade, nem nos dias atuais, tampouco se tratando de algo que está distante em termos de tempo e espaço, além disso tem toda uma história da sexualidade e humanidade ao longo desse período. Porém a Grécia com toda a sua cultura, mitologia, religião, ciência e política abriu várias portas para o mundo GLS, de maneira direta ou indireta, e nem sempre intencional.
Os gregos não levantaram nenhuma bandeira para revolucionar a comunidade gay, geralmente as relações entre pessoas do mesmo sexo tinha alguma finalidade além do prazer. A história foi criando a História, não foi algo inventado, ou planejado. Eles nunca tiveram a intenção de "promover" o Homossexualismo, mas este veio sempre acompanhado de um "bom motivo".

Por exemplo o termo "Lésbica" veio de Lesbos, a ilha onde viveu a poetisa Safo, que jamais escondeu a sua preferência sexual. Mas a ilha não era uma "ilha de lésbicas".
A pederastia é outro exemplo, que tratava da relação entre um homem mais velho por um menor, ela não excluia esse homem da sociedade, nem trazia consigo problemas no relacionamento caso este homem fosse casado, pelo contrário,
a pederastia era vista como uma complementação da educação do adolescente por um homem mais experiente. Isso não significa que eles fossem a favor da relação entre dois homens maiores de idade.
Já o relacionamento entre soldados espartanos, tinha o objetivo de torna-los mais fortes. Bem aquele tipo "quem ama cuida"... Em ambos os casos a relação com as mulheres não eram afetadas ou excluídas, pelo contrário.

Em geral, a única coisa realmente condenável se tratando de sexualidade para os gregos era a busca do sexo pelo sexo.
Vale a pena lembrar também que apesar de nós fazermos parte de uma sociedade democrática, com infinitas crenças e valores, e diversidade, foi com o advento do Cristianismo que passamos a ter um pensamento negativo a respeito do homossexualismo.




Link:

* http://www.cav-templarios.hpg.ig.com.br/homossexualidade_na_grecia.htm